quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

NÃO APOIAMOS VÂNDALOS DE ALUGUEL E ASSASSINOS

NÓS, DE "OS PENSADORES DE BIROSCA", E "VISÃO E VERDADES", SEMPRE APOIAMOS OS MANIFESTANTES VERDAEIROS, MAS JAMAIS ESCREVERÍAMOS UMA VÍRGULA EM PROL DE VÂNDALOS ( DE ALUGUEL OU NÃO) OU ASSASSINOS.

BARÃO DA MATA 
LEÔNIDAS FALCÃO
MI GUERRA
JULIANA BRAGA

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

ESTAMOS MESMO VOLTANDO AOS TEMPOS DA BARBÁRIE?

Por menos que queiramos reconhecer, vivemos nos dias de hoje o mesmo tempo de barbárie vivido na Antiguidade.  Falo de barbárie nas relações entre os homens - com a explosão da violência (como em Roma, Grécia, etc...) - ,  na área social, onde a mão-de-obra é explorada de maneira quase escravista (Não podemos deixar de considerar que a escravidão só foi abolida porque pagar um salário irrisório é muito mais  barato do que alimentar e dar saúde a um escravo), onde as políticas sociais genuínas vão sendo pouco a pouco suprimidas.
Se decênios atrás os governos tinham papel social, a revitalização do caduco e cruel liberalismo econômico (sob o nome neoliberalismo) deu-lhes outra função muito diversa, que é a de sustentar a solidez financeira das empresas em prol unicamente das empresas, relegando os trabalhadores a meras peças de trabalho com o encargo de produzir a cada vez mais, sem no entanto colher os frutos do próprio empenho.  Exemplo disto é o fato de os empregados coreanos trabalharem lonquíssimas horas em troca de ganhos absolutamente insuficientes, quer na China como em outros países da Ásia e da Europa.  É a neoescravização das classes trabalhadoras, a nova miserabilização dos pobres, que se arrima na antidemocracia dos países desenvolvidos para os estrangeiros e no autoritarismo ou despotismo esclarecido, para seus próprios povos, de inúmeras nações africanas, latinoamericanas e européias oriundas do extinto Pacto de Varsóvia.  
A tentativa de Portugal, Grécia, França,  Estados de direito mais dignos da expressão, no sentido de reformar a previdência e suprimir ou reduzir direitos sociais bem corrobora o que digo.
No campo das relações internacionais, enquanto algumas décadas atrás os países mais poderosos, como os Estados Unidos,  agiam com mais sutileza e um certo cuidado diplomático antes de empreenderem uma invasão ou carnificina, hoje este tipo de prática se dá de forma evidente, clara, sob o nariz e os olhos arregalados da opinião pública mundial.
Se nos ativermos ao caso específico do Brasil, que não enfrenta nenhuma guerra internacional, vemos que age com complacência na guerrilha urbana em prol do crime que enfrentamos.  Motivos? Negligência, desinteresse por parte das autoridades quanto ao caos urbano que vivemos, envolvimento de alguns homens incumbidos de lutar contra práticas facinorosas, preocupação exacerbada dos políticos em não trabalharem senão para a conquista de um novo mandato já a partir do dia em que tomam posse.   Mais: a violência urbana há muito deixou (se um dia foi) de ser razão de preocupação para os que vivem da carreira política.
E por aqui não só se negligencia sobre a violência e a segurança, mas também sobre a educação, a habitação e a saúde, e isto é um fator gerador de guetos de produção de criminalidade em larga escala. 
Como repito há muito tempo, todos nós, trabalhadores, dirigentes públicos e privados, pequenos e médios empresários, somos como bilhas que auxiliam no movimento de engrenagens imensas, sendo importantes apenas quando agrupados, pois juntos fazemos girar a pleno vapor essa gigantesca roda que só resulta  em frutos para as famílias e grupos mais abastados do planeta.  Da mesma forma como no passado o mundo produzia para que o resultado de tanto labor fosse revertido para os poderosos de Roma.
A meu ver, infelizmente, de nada adiantariam revoluções e mais revoluções, guerras e mais guerras, sublevações e mais sublevações, porque o sistema tem um instinto de autopreservação demasiadamente aguçado e conseguiria sobreviver a qualquer coisa que se parecesse com mudanças, inserindo seus representantes em toda hipotética nova ordem, para recuperar com impressionante brevidade os espaços que aos olhos mais ingênuos parecessem perdidos.
Em conclusão, o que digo é que, apesar do aumento da incidência dos casos de crueldade nos últimos não indicam que estejamos voltando aos tempos da barbárie, mas que a barbárie, sim, é que nunca se ausentou dos tempos. 

Barão da Mata